Em sua trajetória na prisão, Meira enfrentou problemas adicionais, como uma acusação de tentativa de homicídio contra um companheiro de cela em 2009. Reprodução/Redes Sociais
Em 2011, Mateus da Costa Meira foi considerado inimputável devido a um diagnóstico de esquizofrenia; processo está sendo conduzido em sigilo pela Justiça
Mateus da Costa Meira, que cumpriu 25 anos de pena por um crime brutal em um cinema de São Paulo, foi liberado da prisão na semana passada. Ele estava internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador. A decisão que permitiu sua desinternação foi publicada no dia 18 de setembro, mas o advogado de Meira não confirmou oficialmente sua soltura. O crime que o levou à condenação ocorreu em 3 de novembro de 1999, quando Meira, então estudante de medicina, disparou uma submetralhadora contra o público durante a exibição do filme “Clube da Luta”, matando três pessoas e ferindo cinco. Em 2004, ele foi sentenciado a 120 anos e seis meses de prisão, mas essa pena foi reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses.
A Justiça fundamentou a decisão de desinternação em novas diretrizes da política antimanicomial, afirmando que Meira estava apto a reintegrar-se à sociedade e à sua família. Ele deverá seguir um tratamento em uma rede privada de saúde. Entre as condições impostas, estão a manutenção de um bom relacionamento com amigos e familiares, recolhimento domiciliar à noite e a proibição de portar armas, consumir álcool ou drogas, além de frequentar festas e bares.
Em sua trajetória na prisão, Meira enfrentou problemas adicionais, como uma acusação de tentativa de homicídio contra um companheiro de cela em 2009. Em 2011, ele foi considerado inimputável devido a um diagnóstico de esquizofrenia. No entanto, exames realizados em 2019 indicaram que ele não apresentava mais periculosidade. O processo de desinternação de Meira está sendo conduzido em segredo de Justiça.
Por Jovem Pan
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Marcelo Seoane