Em entrevista coletiva, o governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou que os abrigos têm capacidade para proteger mais de 200 mil pessoas e, pediu aos moradores das zonas de evacuação que fossem embora
Mais de 30 mil pessoas estão protegidas nesta quarta-feira (9) nos 149 abrigos montados na Flórida (EUA) diante da iminente chegada do furacão Milton, que deve tocar solo hoje à noite na costa centro-oeste desse estado e onde já foram registrados tornados e ventos com força de tempestade tropical. Em entrevista coletiva, o governador da Flórida, Ron DeSantis, declarou hoje que os abrigos abertos têm capacidade para proteger mais de 200 mil pessoas e, mais uma vez, pediu aos moradores das zonas de evacuação obrigatória que fossem embora com urgência.
“Há uma grande chance de que esse furacão terá um grande impacto e causará grandes danos”, alertou DeSantis, além de dizer que a melhor opção para as comunidades ameaçadas é “ir para um abrigo local, onde ainda há muito espaço, em vez de pegar a estrada”.
Nesta quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, também pediu à população da Flórida que buscasse abrigo. “É literalmente uma questão de vida ou morte”, acrescentou. Biden disse que, na última semana, sua equipe “fez todo o possível” para estar preparada para quando Milton tocar solo. Joe Biden advertiu ontem que Milton pode ser o “pior” furacão a atingir o estado da Flórida em um século e pediu que as pessoas no caminho da tempestade saíssem de suas casas o mais rápido possível.
As saídas de pessoas da região começaram esta semana, com imagens de milhares de veículos deixando Tampa e causando engarrafamentos nas rodovias do Estado, que deixou de cobrar pedágios para facilitar o tráfego para fora das zonas de perigo, onde se espera que as águas costeiras subam até quatro metros.
No início desta tarde, o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) relatou os primeiros ventos com força de tempestade tropical chegando ao interior da costa oeste da Flórida e alertou sobre o perigo de tornados. Redes de TV como a NBC News mostraram imagens de grandes tornados se deslocando pelo centro e sul da Flórida.
Espaço nos abrigos
As autoridades de três dos condados mais expostos da costa oeste da Flórida, Hillsborough, Pinellas e Pasco, informaram que ainda há espaço disponível nos abrigos, embora alguns deles já estejam lotados, e que os moradores das zonas de evacuação não devem adiar mais a saída de suas casas.
Cerca de 7,3 milhões de habitantes do Estado vivem em 15 condados nos quais a ordem de saída das casa é obrigatória, mas nem todos estão em condições de ir embora, como pacientes de hospitais e prisioneiros.
Além disso, de acordo com o portal especializado PowerOutages, cerca de 24 mil residências e escritórios nos condados de Lee, Manatee e Hillsborough, o último dos quais abriga a populosa Tampa, já estão sem energia.
A alta da maré, uma das principais preocupações dos especialistas, já começou a ser sentida ao longo da costa do golfo da Flórida, à medida que os fortes ventos de Milton empurram a água do oceano para a terra.
As autoridades também estão preocupadas com a resistência das estruturas urbanas que foram afetadas pelo recente furacão Helene, que podem desmoronar sob o impacto de Milton. O poderoso furacão também gerou chuvas torrenciais e trovoadas à medida que suas faixas externas se aproximam da costa oeste da Flórida.
O tamanho do furacão “extremamente perigoso e catastrófico”, como o NHC chama Milton, dobrou desde terça-feira e seus ventos se estendem até cerca de 402 quilômetros de seu núcleo, especialmente no lado norte.
De acordo com a previsão, o núcleo de Milton se deslocará nesta quarta-feira ao longo do leste do golfo do México e “atingirá a costa centro-oeste da Flórida à noite”, depois atravessará a península e entrará no Atlântico, informou o NHC em seu último boletim.
A Agência de Gerenciamento de Emergências dos Estados Unidos (FEMA) advertiu na quarta-feira que o furacão Milton será “catastrófico e mortal” e pediu que as pessoas usem essas últimas horas para deixar a região e, para aqueles que não conseguiram, “procurem refúgios seguros imediatamente”.
Por Jovem Pan
*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira